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LEITE A2A2

De forma simples e direta podemos definir que o leite A2 é aquele que possui apenas a β-caseína A2. Agora, se isso não deixou a questão ainda muito clara, vamos nos aprofundar no assunto.

 

Ao contrário do que muitos pensam, ele não é uma invenção brasileira, mas é um produto de nicho, capaz de agregar valor ao artigo que mais sofre pressão do mercado – O LEITE. Mesmo existindo muita informação sobre o assunto, inumeras pessoas, inclusive profissionais da área da saúde e do meio científico, confundem a intolerância à lactose com a APLV (alergia à proteína do leite). Isso ocorre uma vez que ambas são causadas pelo mesmo alimento, o leite, e também porque por apresentarem sintomas semelhantes, como cólicas e diarreia.

 

A intolerância a lactose ocorre quando o organismo não está apto a digerir a lactose por causa da ausência total ou parcial da enzima específica para este fim, a lactase, que é uma enzima produzida pelas células intestinais que consegue quebrar a lactose em glicose e galactose. Quando a lactose não é digerida, ela atinge o intestino grosso intacta e é fermentada pelas bactérias que existem nele. Quando a quantidade de lactose que atinge esse órgão é muito alta, ocorre um excesso de produção de ácidos graxos de cadeia curta, ácido lático e gases. Esses compostos são os grandes causadores dos sintomas clínicos como: flatulência, dor e distensões abdominais. O ácido lático, produzido com a lactose não digerida, aumenta a osmolaridade no lúmen intestinal, sequestrando líquido e causando diarreia.

 

Já a APLV é definida como uma reação imunológica adversa à proteína presente no leite de vaca. É a alergia alimentar mais comum na infância e, às vezes, precede o desenvolvimento de alergias a outros alimentos, particularmente ovo e amendoim. Os sintomas sistêmicos mais comuns são dores de cabeça e tontura, mas podem ser observados perda de concentração, problemas com memória de curto prazo, dor muscular e da articulação, cansaço, arritmia cardíaca, úlceras orais, dor de garganta e aumento da frequência de micção.

 

A β-caseína do leite de vaca possui 209 aminoácidos, sendo que as variações A1 e A2 diferem apenas por um aminoácido na posição 67. Todas as fêmeas de espécies mamíferas, entre elas as humanas, as cabras, as búfalas, as éguas e as camelas, produzem apenas a β-caseína A2, mas, por causa de uma mutação genética que ocorreu há aproximadamente 10 mil anos, algumas vacas passaram a produzir a β-caseína A1. Por esse motivo, a β-caseína A2 é chamada de caseína “natural”. Essa pequena mudança pode parecer inofensiva, mas é suficiente para alterar a digestão da molécula e levar a outras consequências. Quando as enzimas digestivas interagem com a molécula de β-caseína A1, ela é quebrada, justamente, na posição 67, liberando um peptídeo de sete aminoácidos, o BCM-7. A presença de prolina, em vez de histidina, na variante A2, evita a hidrólise da ligação peptídica entre os resíduos 66a e 67a na β-caseína A2 e inibe a produção de BCM-7.

 

Tem sido mostrado que a caseína e seus derivados, particularmente a BCM-7, exercem uma variedade de efeitos sobre a função gastrintestinal, incluindo a redução da frequência e amplitude das contrações intestinais e o aumento da secreção de muco. Dada a complexidade desses efeitos, é razoável esperar que os sintomas expostos variem muito entre os indivíduos.

 

Muitas pessoas acreditam ter intolerância à lactose, pois se sentem mal, com digestão difícil e produção de gases após a ingestão de leite. Entretanto, segundo o National Institutes of Health, nos EUA, a maioria da população não tem qualquer problema com a digestão da lactose nem possui alergia à proteína do leite.  A intolerância à lactose, segundo pesquisas de epidemiologia, afeta apenas cerca de 5% da população mundial. No entanto, aproximadamente 20% das pessoas relatam algum desconforto após a ingestão de leite. Esses sintomas são, provavelmente, causados pela BCM-7, oriunda da digestão da β-caseína A1.

 

Em um importante estudo, os pesquisadores relataram que o consumo de leite A2 provocou melhora em crianças que tinham reclamação de constipação após o consumo de leite comum. Em um teste clínico, o consumo de leite A1 foi relacionado com maior inflamação do intestino, dores abdominais e distensão abdominal. Essas relações não foram observadas nas pessoas que receberam leite A2.

Nem todas as vacas produzem os dois tipos de caseína, o genótipo A1A1 determina que o animal produza apenas a β-caseína A1; o genótipo A2A2 produz somente o tipo A2; e o genótipo A1A2 produz os dois tipos. O tipo de β-caseína produzido é totalmente dependente da genética de cada animal e os mesmos genes também podem estar presents nos touros reprodutores.

Tayene Noara, Terra Pecuária

Tenho intolerância a lactose e experimentei com medo o leite A2A2. Nada aconteceu. Nada de banheiro imediato, nada de estômago ruim ou abdômen inchado. Não somente me coloco como prova viva da qualidade do trabalho da Reunidas Castilho, como indico com total confiança e admiração!

Adaldio Castilho

Sou pecuarista da 3 geração e sempre fiquei intrigado com a situação do produtor de leite no Brasil. Acordar cedo, trabalhar duro e receber pouco pelo produto. Cresci na fazenda e sei os beneficios do leite na sáude e o valor de cada gota. O leite A2 é a oporunidade dos produtores virarem o jogo contra os latcinios, produzindo um leite de qualidade e benefico. 

Venugopal, Presidente Ankush

É uma honra poder observar o tabalho genético desenvolvido pelo Mr. Adaldio e a seleção dos animais que é desenvolvido no Brasil.  Minhas fotos irão disseminar tudo que vi aqui na fazenda Tabaju em 2017.

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